Nenhum tipo de excesso deverá ser cultivado em nossas vidas e o desapego precisa ser praticado nas mínimas coisas.
Não transformemos nosso lar em museu.
Algo que não seja útil em nossa casa, poderá ser de utilidade na casa de alguém.
O desapego começa das pequeninas coisas. O objeto conservado, sem uso, em nossa moradia, somente ocupa lugar.
A verdadeira morte começa na estagnação.
Quem faz circular os empréstimos de Deus, renova o próprio caminho.
Transformemos os objetos guardados, aqueles que não são úteis, em formas vivas do bem.
Retiremos da despensa os gêneros alimentícios, que descansam esquecidos, ainda adequados para consumo, e os distribuamos, fraternalmente, aos companheiros de estômago atormentado.
Revistemos nosso guarda-roupas, libertando os cabides das vestes que não usamos, ofertando-as a quem delas necessita.
Estendamos os pares de sapatos, que nos sobram, aos pés descalços que transitam em derredor.
Sempre que possível, ao percebermos nos armários uma quantidade relativamente grande de peças, nos perguntemos: Preciso mesmo de tudo isso?
Revisemos os guardados em gavetas ou porões, dando aplicação aos objetos parados, aqueles de que não nos servimos há muito tempo.
Ofereçamos ao patrimônio alheio os livros empoeirados que não consultamos, endereçando-os ao leitor sem recursos.
Renovemos a vida, constantemente, cada ano, cada mês, cada dia.
O excesso de nossa vida cria a necessidade do semelhante.
Nenhum tipo de excesso deverá ser cultivado em nossas vidas e o desapego precisa ser praticado nas mínimas coisas.
Lembremos diariamente que nada levaremos daqui. Que tudo é empréstimo enquanto estivermos em vida nesse plano.
Reflitamos, inclusive, naquilo que chamamos popularmente de valor afetivo das coisas, para que não se converta em apego cego.
Respeito aos bens é uma coisa. Apego e dependência é outra bem distinta.
Cuidemos dos excessos em todas as áreas.
Não estamos aqui para acumular bens e nem mesmo para deixar para próximas gerações.
Gestão inteligente. Cuidados e uso racional, sem dúvida. Analisemos, no entanto, o tênue limite entre tudo isso e a avareza, filha primeira do egoísmo.
[com base em psicografias de Chico Xavier e na Red. do Momento Espírita]
Estabeleçamos a meta de viver com menos, de precisar menos, de colocar menos relações entre nossa felicidade e a conquista de bens terrenos.
É um exercício diário, constante, que começa com atitudes pequenas de desapego.
Cada ano menos peso, cada ano menos bagagem para acumular, para esquecer e para limpar.
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