Domingo (6/3) é dia de Campeonato Santista Feminino de Canoa Havaiana. Esta edição será especial: levará o nome de Gilze Francisco, dedicando a prova à mulher que se tornou uma referência nacional na luta contra o câncer de mama e de assistência às pacientes de Santos e região. A competição será realizada por conta do Dia Internacional da Mulher e faz parte da ampla agenda de programação totalmente dedicada a elas durante todo o mês de março no Município.
O evento terá um percurso de aproximadamente 6km, com saída em frente ao Escolástica Rosa, na Aparecida. Às 8h, haverá apresentação de dança havaiana. Na sequência, às 8h30, acontece a primeira largada. As disputas serão por equipe em três modalidades (Super Master 50+, Master 40+ e Open).
Após a competição, haverá a premiação. As equipes que ficarem nas três primeiras colocações receberão troféus e todas as participantes levarão uma medalha para casa. As inscrições para o evento já foram encerradas.
Pioneirismo
Gilze Francisco foi a fundadora do Instituto Neo Mama, que existe há mais de 20 anos com o objetivo de levar informações e apoio a vítimas de câncer de mama. Ela faleceu em 1º de maio de 2021 vítima de complicações da covid-19.
“Estamos homenageando uma mulher que teve uma importância grande na Cidade e lutou muito para ajudar outras mulheres a enfrentarem a batalha contra o câncer de mama”, destaca o secretário de Esportes, Gelásio Fernandes.
Gilze foi pioneira em trazer o Outubro Rosa para o País e também em divulgar estudos que apresentavam os benefícios da remada na recuperação de mulheres em tratamento do câncer de mama, explica o marido dela, José Luís Neto Francisco. Incluindo nessa lista, pesquisas desenvolvidas pelo médico canadense Donald C. McKenzie, que comprovaram como os movimentos do remo poderiam favorecer as mulheres após tratamentos com cirurgia de mastectomia e radioterapia.
Ela conheceu, em 2008, casos de sucesso envolvendo a atividade quando participava de um curso no Hospital Albert Einstein em São Paulo “A Gilze sempre teve esse contato com estudos apontando que a remoterapia ajuda muito bem a recuperação da mulher devido ao tipo de utilização do braço, do remo. Ela teve essa visão global de trazer a remoterapia voltada para o câncer de mama para a Cidade. Desde então, queria ter mais esse serviço gratuito e voluntário no Instituto Neo Mama. Era um sonho que se transformou em realidade por meio de parceria”.
