Para quem achava que o STF ficaria melhor com ministros indicados pelo presidente Jair Bolsonaro, aí vai um bom exemplo para reflexão.
O ministro Kassio Nunes Marques, que ocupa a vaga do então decano Celso de Mello, decidiu condenar uma mulher que, em 2013, roubou chocolates e chicletes, avaliados em R$ 50.
De fato, “um crime monstruoso”, que requer punição exemplar.
A decisão de sua excelência foi proferida poucos dias antes do Natal.
Nunes Marques não aceitou o pedido da defensoria pública, que pediu a absolvição da mulher argumentando “o princípio da insignificância”, que representa uma alternativa para não jogar na cadeia autores de pequenos delitos.
Kassio Munes Marques é um ministro durão.
Traduzindo, no Brasil, é assim: furtou ou roubou pequenos valores, cadeia neles!
Para os grandes ladrões da República vale a Lei do “Veja Bem…”
Bons advogados, muita conversa, e chega-se a um acordo para os ricaços:
“ Presunção da inocência”.
Enfim, que os acusados de colarinho branco sejam julgados, sim, mas pela Justiça Divina.
É a famosa “democracia à brasileira”.
Feliz 2022!
