O presidente Jair Bolsonaro segue com sua política de atacar personalidades sem medir consequências. Durante a semana, ele bateu pesado na ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, que é hoje Alta Comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, e também foi grosseiro e deselegante com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
A primeira confusão foi arrumada com a ex-presidente do Chile. Bolsonaro não gostou de saber que Bachelet havia afirmado que o Brasil sofre “redução do espaço democrático” e reagiu, atacando até mesmo o pai da ex-presidente, morto pela ditadura chilena.
“Senhora Michelle Bachelet, se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, entre eles o seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Acho que não preciso falar mais nada. Parece que quando tem gente que não tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai lá para a cadeira de direitos humanos da ONU. Passar bem, dona Michelle”, disse Bolsonaro.
“Ejaculação precoce”
Não satisfeito em atacar a ex-presidente do Chile e seu pai, já falecido, Bolsonaro resolveu atacar também o governador de São Paulo, João Doria, que ele enxerga como possível adversário à sua reeleição em 2022. Para o presidente, Doria “é ejaculação precoce”.
Em resposta, o governador disse que o momento é de trabalhar e sugeriu ao presidente “que cuide mais do país”. Segundo Doria, “não será com brigas que vamos construir uma imagem positiva do Brasil no mercado internacional”.
João Doaria também considerou uma “indelicadeza” os ataques de Bolsonaro à ex-presidente do Chile.
