Pelo jeito, a ficha do ex-presidente Michel Temer (MDB) ainda não caiu. Em cana pela segunda vez, acusado de corrupção e formação de quadrilha, e envolvido em diversos processos, Temer pediu à Justiça que liberasse R$ 111 mil por mês para suas despesas pessoais. O pedido foi negado pela juíza federal Caroline Figueiredo, que ainda passou um sabão no político ao afirmar que ele “tem um padrão de vida muito acima da média brasileira”.
A mesma juíza determinou a prisão preventiva de Temer, que é acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo a Eletronuclear e a Usina de Angra 3. O ex-presidente está detido na Superintendência da Polícia Federal desde quinta (9) à tarde. Ele está com seus bens bloqueados, o que motivou o pedido de liberação.
Em seu pedido, o ex-presidente alega que o bloqueio determinado pela Justiça impede o seu sustento e o de sua família. Segundo ele, uma eventual reparação de danos “não pode ser feita à custa de sua sobrevivência e de sua família”.
Interesse público
Ao negar o pedido de Temer, a magistrada lembrou que o bloqueio de bens “se sobrepõe aos interesses particulares do requerente e de seus familiares” e que a medida adotada é de “interesse público”.
Ao negar o pedido a juíza destacou ainda que o rendimento mensal per capita da população brasileira é de R$ 1.373,00. Em fevereiro, Temer gastou com despesas familiares e de sua empresa cerca de R$ 106 mil.
Foto: Agência Brasil
