Está marcada para quarta-feira (27), na sede da Codesp, uma reunião para tentar resolver um imbróglio que poderia ter sido evitado anos atrás. O encontro vai reunir representantes da Prefeitura, do Sindicato dos caminhoneiros e da Autoridade Portuária para definir uma área onde os veículos de carga possam ficar estacionados.
Os motoristas estavam utilizando um terreno na Zona Noroeste, entre o Morro Ilhéu Alto e o Rio São Jorge, mas tiveram que desocupar o local por força de uma decisão da Justiça. No espaço, será construído um viaduto, que faz parte do projeto da nova entrada da cidade e também um conjunto habitacional.
Na quarta-feira (20), os caminhoneiros fizeram uma carreata em protesto, até a sede da Prefeitura. Foram recebidos pelo vice-prefeito e secretário de Assuntos Portuários, Sandoval Soares. Na quinta-feira (21), representantes da categoria se reuniram com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). “É inadmissível que o maior porto da América Latina ainda não tenha resolvido essa questão para esses profissionais terem mínimas condições dignas de trabalho”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Prioridades
A situação não teria chegado a tal ponto caso a Codesp tivesse construído o estacionamento que se comprometeu a fazer na área chamada Retão da Alemoa. Em vez de se preocupar com obras prioritárias como essa, a direção da empresa concentrou esforços em futilidades como o projeto de um mirante turístico (que não saiu do powerpoint). Sem falar nos enroscos que levaram dirigentes da Codesp para a prisão.
Foto: Susan Hortas/PMS