A 3ª Virada Ambiental, realizada entre sexta (11) e domingo (13) em São Vicente, apresentou saldo positivo nas ações realizadas durante os três dias. Cerca de 130 quilos de pequenos detritos e resíduos flutuantes foram coletados na praia. A ação reuniu aproximadamente 100 pessoas para o mutirão de limpeza que ocorreu na Praia dos Milionários e nos rochedos da Ilha Porchat.
Realizado no período da manhã, a ação reuniu integrantes do Jepoe (Jovens em Exercício do Programa de Orientação Estadual), crianças do Projeto Anjos da Natureza e voluntários de diversas entidades engajadas com a questão ambiental da região. A Secretaria de Meio Ambiente (Semam), o Instituto Gremar e o Instituto Limpa Brasil, uma das iniciativas mais importantes de prevenção ambiental do país, também marcaram presença.
Durante o período, o Instituto Gremar ministrou uma palestra voltada às crianças que participavam do ato, ensinando sobre os animais aquáticos que são afetados pelo microlixo. Os banhistas também receberam orientação sobre como lidar com o lixo que produzem.
O lixo recolhido, por meio da Codesavi (Companhia de Desenvolvimento de São Vicente), foi selecionado e destinado para seu descarte correto. Canudos, tampas de refrigerante, bitucas de cigarro e plásticos de salgadinhos foram os microlixos mais coletados pelos voluntários. “A Codesavi faz periodicamente a limpeza das praias do Município, mas os microlixos têm que ser pegos ‘na unha’, com trabalho braçal” afirma o organizador da Virada Ambiental, André Cavallero.
Ele conta que resíduos flutuantes da Baixada Santista se concentram e tornam a Baía de São Vicente, próximo à Ilha Porchat, um ponto de acúmulo. Por isso, é de fundamental importância a conscientização para que esses resíduos passem a ser descartados de maneira correta. “A Virada Ambiental é única na Baixada Santista e no Estado de São Paulo. É a maior mobilização com essa responsabilidade e enfoque constante”.
Ações
Outra ação será em fevereiro, quando ocorrerá uma reunião com todos estes segmentos para iniciar as atividades da Comam (Comissão Metropolitana de Meio Ambiente). Essa comissão irá discutir e propor medidas de políticas públicas para uma Região mais sustentável, tais como a utilização de energia solar em prédios públicos para que haja economia de custos, a estimulação da economia criativa sustentável e a expansão do projeto das lixeiras ecológicas.
Este grupo também discutirá a questão da preservação das tartarugas, visando o combate às redes de arrasto abandonadas no mar que prejudicam a fauna marinha. “Esse grupo se juntará para montar estratégias de prevenção e fiscalização para cuidar das tartarugas que habitam a Baía de São Vicente”, complementa André Cavallero.
Foto: Shutterstock
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