País até um passado recente fechado para o resto do mundo, a comunista China, quem diria, não resistiu às tentações do capitalismo e está abrindo o seu bilionário mercado consumidor. Ávidos por adquirir produtos importados, os chineses começaram a promover feiras com a participação de empresários de diversas nações. E o café brasileiro despertou o interesse dos compatriotas do presidente Xi Jinping.
“Eles estão ávidos por novos produtos, ficaram muito tempo fechados”, afirma o empresário Paulo Fernandes Júnior, do Café Floresta, empresa sediada em Santos que é uma mais tradicionais do Brasil. “Eles demonstraram muito interesse pelos cafés de origem e os cafés com aromas. Ficaram encantados, formaram filas no nosso stand para provar”, explica Paulo, que participou da 1ª Expo Internacional de Importações da China, realizada mês passado, em Xangai.
Paulo Fernandes destaca que os chineses preferem embalagens com quantidades menores e praticidade. “Eles não têm tempo, trabalham muito, ficam mais tempo fora do que em casa”, revela. O empresário acrescenta que o número de cafeterias estão se multiplicando na China. “O produto está cada vez mais conhecido, das mais diversas formas”.
Segundo ele, o governo brasileiro deve dar a sua contribuição, promovendo negociações para romper as barreiras alfandegárias. “O importador paga 18% de taxa para adquirir nosso produto, enquanto o café de países como Vietnã e Quênia são isentos de tributos. “Isso deixa nosso produto menos competitivo”, acrescenta.
