
O “Globo Repórter” da última sexta-feira (dia 27) destacou os dois anos da maior tragédia ambiental da história do país, que atingiu a cidade de Mariana, em Minas Gerais, deixando um rastro de dor, lama e destruição por onde passou.
A excelente reportagem conduzida por Ismar Madeira e Mario Bonella é um retrato fiel do descaso e do desrespeito com o qual o cidadão comum é tratado no Brasil em situações que envolvem crimes cometidos por quem detém poder econômico. No caso, a Samarco/Vale/BHP Billiton.
“É lamentável que as forças políticas, econômicas e sociais do nosso país estejam silenciosas até os dias de hoje”, ressaltou Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana.
Dois anos se passaram e, segundo a Promotoria de Justiça de MG, pouco foi feito e reparado – e em ritmo lento. Pior: os prejuízos continuam.
Danos materiais, emocionais, psicológicos e à natureza. Pessoas doentes, infectadas, com depressão. Natureza, animais, água contaminados. Pescadores viram catadores de lixo. Microempresários fecham seus negócios. De Minas ao Espírito Santo, atingindo até o sul da Bahia.
Do lado da Fundação Renova, ligada à Samarco, sobram explicações e, ao que parece, falta efetividade, pois os prazos se estendem.
No encerramento, o apresentador Sérgio Chapelin destacou: “22 pessoas respondem por homicídio doloso das vítimas (foram 19 mortes), entre elas presidente e diretores da Samarco. Mas o processo foi suspenso e nenhum réu passou um dia sequer na cadeia”.
Queda previsível – A segunda edição do “MasterChef Profissionais” não tem dado bons resultados de audiência, ao contrário das temporadas anteriores do programa. No dia 10, por exemplo, a média foi de apenas 3,5 pontos no ibope.
Acredito que dois pontos devem ser considerados. Primeiro, a superexposição do reality: uma edição atrás de outra. Segundo, o horário (algo que eu já ressaltei antes). Tem dias em que a revelação do participante eliminado acontece após a uma da madrugada. O que a direção da Band pensa? Que ninguém trabalha?
Deixe um comentário