
Dessa vez bateram o recorde: a transmissão do Rock in Rio 2017 feita pelo Multishow foi a maior coleção de bobagens e inutilidades que já vi na cobertura de um evento musical. Os intervalos entre as apresentações foram transformados em um exercício para testar a paciência do telespectador.
Quantidade não significa qualidade, e o canal optou por uma salada com comentaristas, humoristas e uma nova espécie chamada de “digital influencer”. São os formadores de opinião nas redes sociais – na verdade nem precisa dar opinião, basta ter centenas de milhares de seguidores nos “Instagrans da vida”.
Uma tentativa de atrair o público adolescente para a televisão que se mostrou desastrosa. Basicamente a participação dos “influenciadores” se resumiu a piadinhas sem graça, como se estivessem na sala de estar da casa de um deles. Até porque claramente faltava à maioria deles conhecimento necessário para dizer algo relevante sobre os artistas que tocaram no festival.
Aliás, quando será que os executivos da televisão vão perceber que Internet e tevê NÃO são a mesma coisa? Soma-se a isso as intervenções desnecessárias dos humoristas Eros Prado e Wellington Muniz, o Ceará, totalmente deslocados entrevistando a galera espremida na fila do gargarejo.
Pra completar, furos homéricos de alguns comentaristas, como João Gordo e Jimmy London falando sobre a performance do Aerosmith a clássica “Dream On”, sendo que a banda nem tinha tocado essa música ainda…
Salvação – A cobertura do Multishow só não foi um desastre completo por conta do trabalho de quem realmente estava ali porque tem conteúdo para tal, como Didi Wagner, Guilherme Guedes, Rodrigo Pinto e Dedé Teicher.
Sugestão – Ao invés de encher linguiça com gente que não acrescenta nada, poderiam ter exibido os melhores momentos dos shows que rolaram nos dias anteriores.
Bom começo – Ainda na música, a nova edição do “The Voice Brasil” começou bem, rendendo 25,2 pontos de média no ibope para a Globo. Foi a maior audiência que o programa já registrou em uma estreia.
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