Rogue One: Uma História Star Wars

Acredito que, a cada novo filme lançado da saga Star Wars, os fãs devem ter um misto de felicidade e medo. Felicidade de rever todo aquele universo fantástico e reencontrar queridos personagens e medo pelo filme não ficar à altura dos originais. Após a boa recepção de público e crítica pelo “Despertar da Força” e a compra da LucasFilm pela Disney, chega nos cinemas “Rogue One”, filme que se passa no universo de Star Wars, mas com personagens inéditos. Os riscos que a Disney optou por não correr no filme anterior decidiu correr aqui. Porém, seu grande desafio foi envolver o espectador no icônico universo sem mostrar nenhum dos personagens originais. E eles conseguiram!
 

Ambientado antes do “Episódio 4, Uma Nova Esperança”, o filme nos apresenta a  Jyn Erso (Felicity Jones) que ainda criança foi afastada de seu pai, Galen (Mads Mikkelsen), devido à exigência do diretor Krennic (Ben Mendelsohn) para que ele trabalhasse na construção da arma mais poderosa do Império, a Estrela da Morte. Criada por Saw Gerrera (Forest Whitaker), ela teve que aprender a sobreviver por conta própria ao completar 16 anos. Já adulta, Jyn é resgatada da prisão pela Aliança Rebelde, que deseja ter acesso a uma mensagem enviada por seu pai a Gerrera. Com a promessa de liberdade ao término da missão, ela aceita trabalhar ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna) e do robô K-2SO. Em época de machismos e preconceitos, achei corajosa a escolha de uma protagonista feminina, formando um esquadrão de personagens principais composto por um latino, dois asiáticos e um descendente de paquistaneses. 
 

O diretor Gareth Edwards, o mesmo de “Godzilla”, fez um filme de guerra, sujo, violento e tecnicamente impecável. Não esperem por Jedis superpoderosos nem feitos extraordinários, pois aqui o filme é recheado de personagens humanos e cheios de conflitos. Confesso que achei o roteiro um pouco confuso no início, onde poderia ter tratado com mais sutileza a apresentação dos personagens principais. O elenco está ótimo, com destaque para a dupla de orientais, demonstrando toda a emoção de uma amizade de longo tempo.