Roteiros Nacionais

Paraíso à beira-mar

17/12/2016
Paraíso à beira-mar | Jornal da Orla
São 18 km de praias de areia branca e fofa, coqueiros imponentes e um mar com águas na cor verde-esmeralda. 
 
A visão do paraíso à beira-mar
O sol brilha durante o ano todo e nos dias em que o mar recua o balneário fica ainda mais belo, quando dezenas de arrecifes emergem das águas do oceano para formar piscinas naturais perfeitas para um mergulho. O visitante chega até elas a bordo de jangadas impulsionadas pelo vento.
 
Em terra firme, uma boa opção é explorar o território a bordo de um bugue. O passeio, que sai da praia de Muro Alto e vai até o Pontal de Maracaípe (os dois extremos de Porto de Galinhas), passa por florestas de coqueiros, ruas pacatas, áreas de manguezal e trilhas de areia.
 
Na chamada “vila” de Porto de Galinhas (onde está a maioria das lojas, feirinhas e restaurantes da região), o turista irá encontrar muito e variado artesanato em forma de galinha: pingente, ímã de geladeira e até algumas gigantes, esculpidas em troncos de coqueiro.
 
Preocupação com a natureza
A preocupação com a preservação do meio ambiente é uma característica de Porto de Galinhas. Para proteger ninhos de tartarugas-marinhas, os passeios de bugues foram proibidos de passar sobre as areias das praias e muitos hotéis não acendem mais seus refletores sobre a orla à noite, para não desnortear as tartarugas que saem dos ovos. ONGs e o Ibama têm treinado nativos para realizar passeios pelos mangues da região (onde se pode observar cavalos-marinhos e outras formas de vida) sem danificar a natureza.
 
A missão de preservação é da equipe do Projeto Hippocampus, que, desde 2001, desenvolve estudos sobre a população de cavalos-marinhos.
 
Nome vem de época da escravidão
A denominação de tão belo lugar está associada a episódios vergonhosos no passado do país. Situado dentro do município de Ipojuca, o nome surgiu por volta de 1850, quando o comércio de escravos já havia sido proibido no Brasil. “Tem galinha nova no porto!” era o que os traficantes gritavam quando aportavam na região com cargas ilegais de africanos. E os escravos, de fato, vinham escondidos em baixo de engradados de galinhas d´angola, cuja carne era muito apreciada pela nobreza brasileira.
 

Piscinas naturais– As piscinas naturais são comuns em todo o litoral nordestino, mas em Porto de Galinhas estão as que ficam mais próximas da costa, a apenas cinco minutos da praia em um percurso de jangada. Formadas pelos recifes de corais durante a maré baixa, as piscinas oferecem a sensação de estar em um verdadeiro aquário cheio de peixes coloridos. Algumas ficam tão próximas que é possível explorá-las a pé na maré baixa, com o cuidado de usar uma sandália por causa dos ouriços. 
 
Baobá- Possivelmente plantada por escravos africanos, o baobá é uma árvore que se tornou atração turística em Porto de Galinhas. Com estimados 400 anos de idade, a maior espécime da região tem um tronco de 4,5 metros de diâmetro e fica na rua do Colégio, no distrito de Nossa Senhora do Ó, a 11 km de Porto de Galinhas
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Mergulho- Os recifes de corais, as formações rochosas e os navios naufragados são as atrações que o visitante pode ver apenas debaixo d’água. A melhor época para o mergulho vai de outubro a março, quando as condições de visibilidade da água chegam a dez metros nos recifes próximos à praia e a 25 metros em mar aberto.
 
Mangue- O passeio de jangada pelo Manguezal de Maracaípe proporciona a experiência única de observar cavalos-marinhos de diversas tonalidades. Eles ficam nas águas escuras do rio Maracaípe e, na maré baixa, se agarram às raízes dos mangues. Além dessa espécie, há caranguejos e a rica vegetação de raízes do manguezal. Os cavalos-marinhos também podem ser vistos no projeto Hippocampus, próximo a Vila de Porto de Galinhas.
 
Esportes-Enquanto a praia de Maracaípe é reduto de surfistas, na vizinha Pontal de Maracaípe os ventos fortes sopram a favor da prática do kitesurfe, utilizando prancha tracionada por uma pipa. Para usar as “pranchas voadoras” é necessário treinamento especializado, oferecido pela Escola Pernambucana de Kitesurfe. No balneário também é possível praticar windsurfe, caiaque e passeios de lancha e jet ski.