A arte de fazer cerveja artesanal é a mais nova atração de Atibaia, cidade turística famosa por sua produção de morangos, parques e a bela natureza que convida à prática de diversas atividades de lazer. Distante menos de 70 km da capital paulista, a cidade aproveitou o feriado da República para realizar, de 12 a 15 deste mês, mais uma edição do Expresso Bier Fest, evento que reuniu microcervejeiros artesanais, produtores de cervejas especiais nacionais e importadas, gastronomia de qualidade e muita música.
Foi a terceira edição da festa no período de um ano. O lugar, a Estação Atibaia, é um espaço de eventos de cenário bucólico, com réplica de uma antiga estação de trem e exposição de Maria Fumaça e vagões centenários autênticos. A festa reuniu dezenas de rótulos, a maioria criada por microcervejeiros da região Bragantina e cidades próximas como Socorro, Serra Negra e Extrema (Sul de Minas). A próxima Bier Fest já está agendada para o período de 21 a 23 de abril de 2017.
Explosão de sabores e aromas
O turismo cervejeiro é uma modalidade que vem ganhando força em várias regiões do Brasil, atraindo público interessado em conhecer, sentir e degustar os sabores e aromas da cerveja artesanal. E em Atibaia não foi diferente.
Baunilha, pimenta rosa, casca de laranja, coentro, sementes amazônicas, parece que não há limite na alquimia dos mestres cervejeiros. Uma das novidades desta edição foi a Pedrita, a cerveja de morango da Pedra Grande, marca de Atibaia que produz seis estilos da bebida. A Fred Bier inovou com a cerveja sem glúten.
Já a fama de Capital do Lobisomen, atribuída a Joanópolis, inspirou os amigos Antonio e Bruno a colocar a lendária figura no rótulo da Wolfman Bier. De Monte Alegre do Sul, três professores de história – Tiago, José Antonio e Marcus – se reuniram para criar a Furquilha, que produz uma cerveja livre de conservantes ou corantes e com rótulos de nomes sugestivos, como Frida e Trotsky.
Uma das novidades trazida pela Valenbier, microcervejaria de Extrema, a Ficcion harmoniza trigo com amaranto, o sabor cítrico da tangerina e puxuri – exótica semente do Amazonas. A pequena empresa foi fundada por cinco irmãos engenheiros, que criaram sabores marcantes e diferentes de cerveja.
As queridinhas do público
Na votação da melhor cerveja degustada, o público elegeu a Session IPA, da Cervejaria Bragantina, uma cerveja de alta fermentação, com o sabor cítrico e resinoso dos lúpulos americanos em equilíbrio com o blend de maltes. Na sequência, aparece a Weiss, da Cervejaria Pedra Grande de Atibaia. É uma cerveja de alta fermentação, não filtrada, leve e clara, aroma frutado, com notas banana e cravo. Em terceiro lugar aparece a Budah Premium, uma cerveja tipo Lager (baixa fermentação) da Cia Razera, uma empresa familiar de Bragança Paulista. Possui amargor e corpo marcante com tons frutados e notas de mel.