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Supersalários de servidores custam R$ 10 bilhões por ano

17/11/2016Da Redação
Supersalários de servidores custam R$ 10 bilhões por ano | Jornal da Orla
Foi preciso o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ser encurralado pela Operação Lava Jato para um debate importante ser aberto: os salários dos servidores públicos que ultrapassam o limite constitucional (R$33,763 mil). 
 
Segundo estimativas do Ministério da Fazenda e do Senado, o poder público (nas esferas federal, estadual e municipal) gasta, por ano, R$ 10 bilhões com supersalários.
 
Poder Judiciário, o paraíso
A maior parte dos supersalários está no Poder Judiciário. Três de cada quatro juízes da Justiça Comum recebem acima do teto constitucional. Na Justiça federal, nove de cada dez juízes recebem mais do que R$ 33,763 mil por mês. Mais de 50% dos procuradores e subprocuradores recebem acima deste valor.
No Rio de Janeiro, estado que está praticamente falido, o ganho médio dos juízes do Tribunal de Justiça é de R$ 40 mil e há o caso de um desembargador que chegou a ganhar,num único mês, R$ 642 mil!
 
Apenas um bode?
Verdade que a iniciativa de Renan Calheiros é uma retaliação às investigações, mas, pelo menos desta vez, ele deu uma bola dentro. A expectativa agora é saber se a comissão especial, que tem como relatora a senadora Cátia Abreu (PMDB), vai ter algum resultado prático ou será apenas mais um bode colocado na sala…

Eu sou você amanhã
A situação calamitosa das finanças do estado do Rio de Janeiro parece um prenúncio do que pode ocorrer em cidades da região, que já enfrentam grandes dificuldades para cobrir suas despesas. 
 
A interrupção da coleta de lixo em São Vicente, Cubatão e Guarujá, por falta de pagamento à empresa responsável pelo serviço, são indicativos que as coisas não andam bem e – a má notícia – tendem a piorar.
 
Os prefeitos que vão assumir em janeiro que se preparem!
 
Vitória mais barata
A campanha para a reeleição do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), custou 71% menos em comparação ao que foi gasto em 2012. Em 2016, o candidato gastou R$ 1,078 milhão, enquanto em 2012 foram R$ 1,850 milhão.
Coincidência ou não, as eleições deste ano foram as primeiras com as novas regras para o financiamento das campanhas, que, entre outras medidas, proibiu a doação de empresas. 
 
Fato curioso foi a campanha de Paulo Alexandre de 2016 ter se encerrado com saldo bancário positivo: R$ 195,986 mil. 
 
Esquerda no vermelho
Candidata do PCdoB, Carina Vitral terminou a campanha eleitoral deste ano com dívidas de R$ 87,627 mil. Outro que terminal com saldo negativo foi Marcelo Del Bosco (PPS): R$ 8,307 mil. Segundo a lei eleitoral, quem assume o passivo financeiro de uma campanha são o próprio candidato e o partido.