“O homem ideal sente alegria em fazer favores aos outros”, afirmou Aristóteles.
O que está por trás de um “favor”? Talvez tenhamos, como sociedade ansiosa e inquieta que nos tornamos, atribuído um valor insignificante a ele. Por isso, cabe refletir com mais tempo sobre o tema.
Por trás de um favor, seja ele pequeno ou grande – como se diz – há um movimento fundamental: a doação.Doação que começa pela atenção, passa pelo tempo despendido e, por vezes, chega a conteúdos maiores ainda. Toda vez que prestamos um favor a alguém estamos, de certa forma, dizendo que naquele momento, o da ação em prol do outro, ele é mais importante do que nós.
Deixei de fazer o que estava fazendo pelo outro. Dividi meu tempo com o outro. Sacrifiquei-me, de alguma forma, pela outra pessoa. Esta postura é das mais nobres que existe pois constitui a essência da caridade. Obviamente, estamos considerando aqui o favor desinteressado, realizado pelo prazer de ajudar, de contribuir com a felicidade do outro.
Qualquer outra modalidade de favor passa a perder a essência desta ação benévola e podemos chamar de algum outro nome que não este, obedecendo à linha de razão de nossa breve análise. Um outro detalhe que vale a pena ser analisado, no mundo dos favores, é a recompensa íntima imediata que nos trazem.
Há um sentimento, que, na maioria das vezes, passa rapidamente pelo nosso coração: de prazer e de alegria. É a alegria do chamado “homem ideal” de Aristóteles, que percebe sua consciência identificando uma ação no bem.
[com base em texto da Redação do Momento Espírita]
O que acontece nesses momentos, ainda breves na vida da maioria de nós, é uma celebração da consciência, bem lá onde estão escritas as leis do Grande Arquiteto do Universo. Ela percebe a lei do amor sendo vivenciada com beleza e envia-nos o sentimento de satisfação, de alegria e de prazer. Não há quem não se sinta bem fazendo o bem. E nos favores existe o bem sendo praticado em diversas nuances distintas.
Cada um tem seus deveres, responsabilidades e precisa dar conta deles, é certo. Mas, porque não posso, em alguns momentos, ajudar o outro a conseguir cumprir suas tarefas?
O sacrifício que iremos fazer, quando houver realmente sacrifício, é muito pequeno, perto da alegria de ter sido útil na vida de alguém.
Não façamos pela recompensa. Não façamos pelo reconhecimento. Façamos pelo prazer de ajudar. Perceberemos que a vida nos retribui constantemente os favores que prestamos, pois quando estamos a fazer algo por alguém, de coração, sem segundas intenções, uma aura de paz nos envolve e nos protege.
Naquele instante somos como que missionários do amor na Terra. Somos soldados da paz, modificando o mundo, espalhando o bem pelos cantos. Atualmente, a física quântica, vem comprovar cientificamente a eficácia dos sentimentos de solidariedade e compaixão na qualidade de vida das pessoas que realmente exercem essas práticas de coração. Da próxima vez que você ouvir as palavras:
-Você me faz um favor? – pense bem antes de negar. Veja em cada pedido desses uma oportunidade de ser mais feliz.
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE
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