O juiz federal Sérgio Moro mandou prender ontem o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) e determinou o bloqueio de seus bens, estimados em R$ 220 milhões. Com a decisão, Moro tira argumentos de petistas segundo os quais vinha perseguindo apenas integrantes do Partido dos Trabalhadores.
Cunha foi levado para Curitiba em um avião da Polícia Federal às 15 horas. Ele é acusado de receber vários milhões de reais em propina no esquema de roubalheira dos cofres públicos flagrado pela Operação Lava Jato. O juiz Moro argumentou que a liberdade de Cunha, que já foi um dos políticos mais poderosos do Brasil, representava risco à ordem pública e que ele poderia fugir do país, já que também tem cidadania italiana.
Políticos em pânico
A prisão de Cunha acendeu a luz amarela em Brasília. Diversos políticos estão em pânico com a possibilidade de o deputado cassado formalizar acordo de delação premiada. O receio é de que ele entregue deputados e senadores que também receberam propina no maior escândalo de roubalheira já visto no país.
Gilmar Mendes ataca a Lei da Ficha Limpa. De novo
O ministro do STF Gilmar Mendes, que já disse que a Lei da Ficha Limpa parece ter sido feita por bêbados, voltou a atacar a legislação que busca dar um pouco mais de ordem na bagunça. Na terça-feira (18), ele afirmou que a lei é usada por juízes e promotores para chantagear políticos.
Tucano histórico em Cubatão
O jornalista Raul Christiano Sanchez deve ocupar uma das secretarias estratégicas da gestão de Ademário Oliveira (PSDB), eleito prefeito de Cubatão em 2 de outubro. Um dos fundadores do PSDB, Christiano tem uma antiga relação com a cidade, onde já foi secretário de Meio Ambiente, e possui grande trânsito no Governo do Estado, onde já ocupou vários cargos.
Christiano foi escolhido pelo prefeito eleito para integrar a comissão de transição de governo. Também fazem parte o vice-prefeito eleito, Pedro de Sá, dois ex-prefeitos (Arlindo Fagundes e Walter Pinheiro) e Ricardo Ezequiel Torres (ex-assessor do deputado federal Bruno Covas), que coordena o grupo.
Na vida real, o Senai da propaganda de Skaf não existe
Em abril de 2014, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, era pré-candidato a governador de São Paulo e anunciou que a unidade do Senai na Ponta da Praia, em Santos, seria demolida e, no lugar, construída uma nova – maior e com mais cursos. Um investimento de R$ 110 milhões. Queria mostrar que faria no governo o que fazia na entidade.
Skaf perdeu a eleição (Alckmin foi reeleito no primeiro turno, com 57% dos votos). Agora, Skaf volta a aparecer em evidência, em campanha publicitária da Fiesp na TV, entusiasmado, destacando os feitos da entidade, “inclusive na Baixada Santista”.
Acontece que a prometida sede do Senai na Ponta da Praia não saiu do papel. O antigo prédio foi demolido, cursos foram encerrados e não há previsão de que a obra seja iniciada. De concreto, só o terreno vazio.
Vão pra Cuba!
Por falar em Fiesp, a entidade está organizando uma “missão prospectiva” para… Cuba! Pois é, a instituição entende que há oportunidades de negócios no país socialista. Ué, não era tão ruim assim ir para Cuba?
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