A congestão nasal, ou nariz entupido, é um problema comum e traz inconvenientes ao sono, à capacidade de atenção, às atividades físicas e pode até alterar a estrutura facial. A condição objetiva de diminuição do fluxo de ar é percebida diferentemente pelas pessoas, de forma bastante subjetiva. E isso faz com que a terapêutica não seja vista como adequada para muitas pessoas.
Estima-se que quase metade dos indivíduos com problemas respiratórios nasais faça uso regular de descongestionantes nasais tópicos. E a grande maioria os uso de maneira incorreta e inadequada. Esses medicamentos podem ser compostos apenas por soro fisiológico com o objetivo de umidificar as vias nasais ou pode conter substâncias ativas vasoconstritoras.
O uso de solução de cloreto de sódio (semelhante ao sal de cozinha) tem como principal objetivo a limpeza e extração de muco seco ou viscoso aderido às estruturas internas nasais. O fator de limpeza acontece por ação mecânica, ao arrastar as impurezas pela pressão do líquido, mas também por induzir as células das paredes nasais fazerem movimentos auxiliares nessa remoção.
Os medicamentos tópicos orais com cloreto de sódio também misturam o cloreto de benzalcônio. Essa substância facilita a umidificação do muco seco aderido às paredes nasais, favorecendo a sua retirada. Também agem como conservante, limitando a contaminação do produto. Estudos em seres vivos demostram ser uma substância inofensiva, apesar de algumas pesquisas demonstrarem a possibilidade de provocar lesão no tecido responsável pela movimentação e limpeza constante do muco.
Os descongestionantes são formados por substâncias vasoconstritoras. Essas são perigosas se não usadas corretamente. Duas reações adversas são bastante recorrentes: rinite medicamentosa e efeito rebote. A rinite medicamentosa é fruto do uso contínuo dos descongestionantes nasais. O tempo para que se defina como rinite medicamentosa é variável, mas é caracterizada quando se usa continuamente por mais de uma semana. O efeito rebote é a piora do quadro de congestão, induzindo a aplicações cada vez mais constantes. Em parte, esse efeito rebote se soma à dessensibilização ao medicamento, ou seja, o medicamento deixa de funcionar.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail
[email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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