A gastrite é um processo inflamatório da mucosa gástrica que se manifesta com dor, queimação ou sensação de barriga estufada, mas, muitas vezes, pode não apresentar sintomas. A forma aguda ou crônica da doença vai depender do tempo da inflamação e do tipo de células inflamatórias, que podem ser diversas.
O médico Luiz Fernando Martins de Oliveira explica que a causa mais comum da gastrite é a “helicobacter pylori”, uma bactéria adquirida por via oral e que se aloja no estômago causando um processo inflamatório, cuja intensidade depende da cepa (família) da bactéria e da imunidade de quem a contrai. Mas não é a única. “Temos as gastrites químicas, medicamentosas ou não, que também são importantes”, explica o gastroenterologista.
Há também fatores alimentares que podem contribuir para o desenvolvimento da doença e os emocionais. “Já se sabe que o estresse agudo é, sem dúvida, um dos causadores. Já o estresse crônico estaria mais relacionado aos sintomas, que podem ser semelhantes nos dois casos”, diz. Tem ainda a gastrite autoimune, na qual o paciente produz anticorpos contra as células do próprio estômago.
Dicas de Prevenção – Evitar uso de medicamentos que causam gastrites, como aspirina e anti-inflamatórios; não consumir alimentos ácidos e picantes; não fumar e moderar no consumo de álcool, que estão entre as maiores causas de gastrite aguda; e se proteger contra altos níveis de estresse e ansiedade. Já na prevenção da infecção por “h pylori”, é preciso que sejam tomadas medidas sanitárias, de higiene, principalmente.
Como anda seu estômago?
Hábitos comuns na correria do dia a dia, como vários cafezinhos no trabalho e muitas horas sem comer entre uma refeição e outra, podem ser muitos prejudiciais à saúde, principalmente a do estômago. De acordo com o médico gastroenterologista Décio Chinzon, do Lavoisier Medicina Diagnóstica, os problemas digestivos podem aparecer na forma de gastrite, esofagite, pólipos ou mesmo uma úlcera, levando até anos para se manifestar.
“A saúde do estômago depende de vários fatores. Além de uma alimentação regrada, que evite produtos ricos em gordura e contemple verduras e legumes, é preciso fazer pequenos lanches entre as refeições, como uma fruta, por exemplo. Além disso, devemos lembrar que o estresse sensibiliza o aparelho digestivo, por isso é importante procurar atividades que diminuam a ansiedade e nervosismo”, destaca o médico.
Práticas nocivas – O consumo de alguns medicamentos com frequência também pode afetar a saúde digestiva, comenta o especialista. “Os anti-inflamatórios e o ácido acetilsalicílico, por exemplo, podem aumentar a acidez estomacal e causar mal-estar. Mas vale ressaltar que antes de parar qualquer tratamento um médico deve ser consultado”, lembra.
Outro hábito que pode levar a problemas estomacais é tomar vários cafés ao longo do dia. “Quando consumida moderadamente, a cafeína não prejudica o sistema digestivo. Entretanto, quando em excesso, ela pode aumentar a produção de ácidos digestivos, sendo mais prejudicial ainda para quem já apresenta alguma doença no trato digestivo”, afirma Décio Chinzon.
Sintomas de que há algo errado – Os principais sintomas relacionados a problemas digestivos são dor ou sensação de queimação no estômago, enjoos, vômitos, perda de apetite e, em alguns casos, até diminuição do peso. Após a análise do histórico do paciente, o médico pode solicitar uma endoscopia para confirmar o diagnóstico.
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