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Tempo de solicitude

27/08/2016Da Redação
O solstício de inverno é um fenômeno da astronomia que marca o início da estação do inverno. O termo solstício tem sua origem no latim “solstitius” que significa ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar. No solstício de inverno ocorre o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa, em termos de iluminação por parte do sol.
 
Para muitos o inverno é sinônimo de tristeza, de escuridão na alma. Mas o Grande Arquiteto do Universo não pensa assim. É preciso ver além. A natureza se transforma por completo. As árvores já se despediram das folhas e o solo as transformou em adubo. Como somos parte dela, para nós também é hora de limpar, transformar em adubo aquilo que serviu, mas não serve mais… 
 
Abrir espaços, deixar galhos à mostra… Aguardar. É tempo de abrir nossos armários e nosso coração, retirar tudo que é velho, que descobrimos que não faz mais parte de nós. Com isso abrimos espaços para guardar o novo da próxima estação. Renovar, reciclar, doar e aguardar… 
 
Inverno é também tempo de espera, de tolerância, de observação, de cultuar o silêncio com sabedoria. É tempo de recolhimento, de planejamento, de avaliação. Pode ser tempo de solitude, mas nunca de solidão. Inverno é tempo de autodescobrimento. Tempo de interrogar a consciência, passando uma revista em tudo que fizemos nos últimos tempos, questionando se não faltamos com algum dever, se ninguém tem do que se queixar de nós. Tempo de descobrir o que precisa ser reformado em nós. A cada noite, lembrar de nossas ações do dia e perguntar: 
-O que fiz de bom e de ruim hoje?
 
…e pedir ao Grande Arquiteto do Universo e ao nosso mentor proteção.
 
E eles assim o farão. E se o inverno congela tudo lá fora, o coração que se descobre e se supera é capaz de manter a temperatura sempre amena e confortável dentro de nós.
 
[com base em carta de Khalil Gibran para Mary Haskell do livro de Paulo Coelho e também da Redação do Momento Espírita].
 
Sinto-me como uma semente no meio do inverno, sabendo que a primavera se aproxima. O broto romperá a casca e a vida que ainda dorme em mim haverá de subir para a superfície, quando for chamada. O silêncio é doloroso, mas é no silêncio que as coisas tomam forma, e existem momentos em nossas vidas que tudo que devemos fazer é esperar. Dentro de cada um, no mais profundo no ser, está uma força que vê e escuta aquilo que não podemos ainda perceber. Tudo o que somos hoje nasceu daquele silêncio de ontem.
 
Somos muito mais capazes do que pensamos. Há momentos em que a única maneira de aprender é não tomar qualquer iniciativa, não fazer nada. Porque, mesmo nos momentos de total ociosidade, esta nossa parte secreta está trabalhando e aprendendo. Quando o conhecimento oculto na alma se manifesta, ficamos surpresos conosco mesmos, e nossos pensamentos de inverno se transformam em flores, que cantam canções nunca antes sonhadas.
 
A vida sempre nos dará mais do que achamos que merecemos.
 
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE