Você sabe quem é Antônio Carlos Martins de Bulhões? Pois ele vai receber, nesta quinta-feira (28) a medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas, a principal homenagem concedida pela Câmara de Santos.
Bulhões é deputado federal pelo PRB, bispo da Igreja Universal e foi acusado de cometer peculato, por apresentar notas fiscais falsas para obter ressarcimento da Câmara Federal.
A homenagem será dada por iniciativa do vereador Roberto de Jesus, que também é pastor da Universal.
Por mais que se entenda o quanto o bispo pode ser importante na Universal e para seus fieis, é difícil compreender o que de relevante ele fez para Santos, a ponto de merecer a medalha.
Homenagens demais, ações de menos
A iniciativa do vereador Roberto de Jesus reforça a tese do Movimento Voto Consciente, de que os vereadores de Santos se dedicam demais a fazer homenagens, em vez de propor leis e fiscalizar o Poder Executivo. No ano passado, a Câmara aprovou a criação de 20 datas comemorativas, 24 semanas comemorativas, 341 votos de pesar, 405 votos de congratulações, 33 placas e homenagens. Dos Projetos de Emenda à Lei Orgânica apresentados, nenhum foi aprovado; dos 131 Projeto de Lei Complementar sugeridos, apenas 15 estão em vigor; e dos 42 Projetos de Decreto Legislativo apresentados, 33 (78,57%) são homenagens.
Meu nome é Hallite!
Candidato a prefeito de Santos pelo PRTB, o professor Hélio Hallite vai ter que ser criativo na sua propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. Ele terá apenas 8 segundos para passar seu recado.
Quem tem mais tempo é o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB): 5min45seg. Carina Vitral (PCdoB) terá 1min43; Marcelo Del Bosco (PPS), 50 seg; Paulo Schiff (PDT), 37 seg; Edgard Boturão (PROS) 30seg; Débora Camilo (PSOL), 13 seg; e Genival Pereira (PSDC), 10 seg.
O horário eleitoral começa nesta sexta-feira (27). Será exibido de segunda a sábado, com duração total de 10 minutos. No rádio, às 7h e às 12h; na TV, às 13h e às 20h30. Também haverá inserções de 30 segundos ao longo da programação das emissoras.
Indignação tardia
Desde o início da Lava Jato, o brasileiro acostumou-se com o vazamento de delações premiadas. Mas só agora o ministro Gilmar Mendes demonstrou indignação, após a revista “Veja” divulgar que o empreiteiro Leo Pinheiro teria citado o colega de STF Dias Toffoli.
E, pela primeira vez, um vazamento foi utilizado como motivo para, na prática, melar uma delação. No acordo de colaboração que vinha costurando, o empresário da OAS não deixava pedra sobre pedra: citava Lula, Michel Temer, Aécio Neves…
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