O Palácio do Planalto anuncia que o presidente interino Michel Temer fará no dia 7 de setembro, provavelmente já efetivado no cargo, um pronunciamento em que pedirá unidade nacional e anunciará medidas econômicas. É verdade que a interinidade atrapalha, pois resulta em dúvidas e indecisões, mas o Brasil tem pressa e não pode ficar parado indefinidamente por conta de uma crise política.
É dramática a situação do país, principalmente porque temos mais de 11 milhões de desempregados. Medidas duras, porém necessárias, terão de ser adotadas para garantir a retomada do crescimento econômico e, principalmente, o futuro das novas gerações.
Temer tem condições de desempenhar papel semelhante ao adotado por Itamar Franco, que assumiu a presidência substituindo Fernando Collor. Possui vasta experiência política, sabe dialogar com o Congresso e já assumiu o compromisso de não ser candidato à reeleição. Se vai cumprir o papel que a história lhe reserva e o país dele espera só o tempo dirá. Mas até o momento sua atuação na presidência tem sido decepcionante, para dizer o mínimo. Recuos e vacilações têm sido a tônica de seu governo. A desculpa tem sido a interinidade. Vamos aguardar.
A tragédia econômica provocada pelos governos petistas assusta, mas preocupa mais a ausência de lideranças capazes de oferecer um caminho para o país. Temer terá de fazer a transição até 2018, porém, a partir daí, quem serão os líderes que conduzirão esta grande Nação, uma das dez maiores economias do planeta?
Para reconstruir o Brasil e colocar o país no eixo do desenvolvimento será fundamental a participação da sociedade. Precisamos ainda de homens públicos que tenham compromissos reais com a Nação. E no momento eles parecem estar em falta.
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