O afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República está próximo. A novela, com cenas dramáticas, caminha para os capítulos finais. A pergunta que se faz é o que podemos esperar de Michel Temer, quando deixar de ser apenas o presidente interino? O que vimos até agora nos traz poucas esperanças. Temer tem sido um governante vacilante, fraco, que anuncia medidas necessárias e logo em seguida recua diante das primeiras pressões do Congresso.
O mais provável é que tenhamos um governo medíocre até 2018, possivelmente com uma dose menor de escândalos. Um presidente-tampão sem a competência necessária para exercer o cargo, a exemplo de sua antecessora. Homem vaidoso, Michel Temer terá conseguido seu objetivo de vida, alcançar o mais alto cargo público, mas a conta de mais um governo incompetente será apresentada aos brasileiros.
Talvez pior que o próprio governo seja o Congresso Nacional, cujos integrantes, em sua maioria, revelam pouco ou nenhum compromisso com o país e com as futuras gerações. Estão preocupados, mesmo, em exercer o poder em benefício próprio. É simplesmente inacreditável o conjunto de benefícios que deputados e senadores têm concedido para servidores e categorias especiais num momento em que milhões de brasileiros sofrem com a maior crise econômica da história.
Austeridade é a palavra que o governo Temer e seus aliados usam para iludir a sociedade brasileira, que já paga a carga tributária e os juros mais altos do planeta. Diante da atual conjuntura, é fundamental barrar a sangria aos cofres públicos. Se a farra continuar, o Brasil ficará ingovernável e não haverá futuro para as novas gerações.
A sociedade precisa reagir. As eleições são um bom instrumento para isso.
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