TV em Transe

Zumbis do mundo real

21/07/2016 Christian Moreno
Zumbis do mundo real | Jornal da Orla
Cada um se diverte como quer, mas é de deixar atônito o noticiário sobre a nova febre dos games intitulada “Pokémon Go”.
 
Para quem não sabe, o jogo usa realidade virtual associada ao sistema de GPS para espalhar pokémons (personagens de um desenho japonês) pelas cidades. Usando um smartphone, pode-se visualizar e capturar os pokemóns.
 
Essa caça aos monstrinhos que une o real ao virtual vêm causando acidentes, prisões e siutações bizarras. Milhões – isso mesmo – de pessoas estão saindo às ruas atrás dos pokemóns. Há por exemplo um vídeo que mostra uma multidão no Central Park, em Nova York. As pessoas correm e gritam na caça a um personagem raro que estaria por lá. Tem gente tão desesperada que até abandona o carro! E ninguém tira os olhos do smartphone. 
 
Resumindo: os monstrinhos são virtuais, enquanto os zumbis são reais…
 
Acidente à vista?
Falando em ideias sem originalidade, parece ter virado moda fazer entrevistas ao volante. O “CQC” teve um quadro do tipo que a Band transformou em um programa de meia hora, o “Bate e Volta”, exibido após o “MasterChef”. São dois convidados diferentes a cada edição.
 
Na Record, Marcos Mion faz o mesmo no “Legendários”. Outro dia ele bateu um papo com o Sérgio Mallandro e riu tanto que poderia tranquilamente ter batido o carro.
 
Tamanho Família – Sem alarde, a Globo colocou no ar uma nova atração no início da tarde do domingo. Trata-se do “Tamanho Família” gameshow apresentado por Márcio Garcia reunindo dois artistas que levam parentes e amigos. Eles respondem a perguntas e participam de brincadeiras.
 
O clima é leve e descontraído. A ideia pode não ser das mais originais, mas pelo menos temos um passatempo que condiz com o dia e o horário. Uma alternativa a atrações dominicais concorrentes na tevê aberta que abusam da baixaria e do sensacionalismo.
 
Vergonhoso – Em terceira instância, Carlos Ratinho Massa foi condenado a pagar indenização de R$ 200 mil por violar leis trabalhistas em sua antiga fazenda em Limeira do Oeste (MG).
 
De acordo com o processo, foram constatadas várias irregularidades: “Inobservância de normas trabalhistas relativas à saúde e à segurança do trabalho. Porquanto não foram asseguradas condições mínimas de trabalho, como a concessão de intervalo para repouso e alimentação, o não fornecimento de equipamentos de proteção individuais adequados e a configuração do aliciamento de trabalhadores por meio de ‘gatos’, em efetiva contratação irregular de mão de obra, sem observar as garantias mínimas legais”.