As unhas têm função importante e, muitas vezes, a forma de cortá-las ou o uso abusivo de produtos cosméticos como esmaltes podem prejudicá-las. Mas, fundamentalmente, elas podem sinalizar que algo não vai bem com a saúde do corpo, através de alterações na espessura, cor e formato. “Disfunções renais podem causar amarelamento de todas as unhas”, exemplifica a dermatologista Juliana Annunciato, da Clinica Essenza, em São Paulo.
 

A unha saudável deve ser transparente, lisa, totalmente colada ao seu leito e com crescimento contínuo. A médica explica que as unhas das mãos demoram, em média, de 4 a 6 meses para crescer da base até a ponta; e as dos pés, de 6 a 12 meses. E sabidamente as unhas dos homens crescem mais rápido do que as das mulheres, podendo haver uma variação individual. “Examinar as unhas diz muito sobre a saúde”, afirma a dermatologista, que esclarece algumas dúvidas frequentes a respeito:
 

Unhas fracas – As unhas com maior fragilidade podem mostrar uma característica do indivíduo, porém a avaliação médica é indispensável para descartar qualquer possibilidade de doença, como hipotireoidismo, ou carências nutricionais.
 

Manchas brancas – Segundo a médica, a causa mais comum de manchinhas brancas nas unhas são os esmaltes e os removedores. “O uso ininterrupto resseca as unhas, torna-as quebradiças e fracas. O ideal seria esmaltá-las novamente após no mínimo três dias de descanso”, recomenda.
 

Uso contínuo de esmalte é prejudicial – O esmalte possui muitos componentes químicos e sofre degradação quando exposto por um longo período. “Pode acabar impregnando nas unhas, tornando-as manchadas, fragilizadas e propensas a infecções por fungos (micose) e bactérias”.
 

Doenças podem se expressar nas unhas – Doenças cardíacas e pulmonares, psoríase, problemas renais, hipotiroidismo ou falta de nutrientes como vitaminas A, C, B6 e zinco são condições que podem se manifestar também através das unhas.

Acetona ou removedor – O que mais desidrata a unha é a acetona. Segundo Juliana Annunciato, o ideal é optar por removedores de esmalte sem esse componente e aplicar  hidratante nas mãos, unhas e cutículas após o uso.
 

Lixar, cortar e remover a cutícula – Enquanto o ato de cortar e lixar as unhas ajuda a fortalecê-las, a dermatologista alerta que a retirada da cutícula pode prejudica-las, principalmente se realizada de modo muito intenso ou frequente. “O ideal é que só se remova o excesso a cada 15 dias.  A cutícula é a proteção natural do corpo contra a entrada de bactérias e fungos. Sem cutícula, as unhas perdem com mais facilidade a adesão ao leito, ficando sujeitas a infecções”.
 

Unhas postiças podem fazer mal -É que ao colocá-las, se cria um espaço entre o produto e a sua unha, que pode ficar úmido e ser um local perfeito para a proliferação de fungos, que causam micose. “No momento da remoção pode ocorrer descolamento ou outros danos na superfície da unha, como alteração na coloração e alergia à cola. A indicação é utilizar somente em ocasiões especiais e depois remover, conforme as orientações do produto”, orienta a médica.
 

Unha comprometida por fungos – Os fungos se alimentam da queratina (substância principal que constitui a unha); sendo assim, manter curta toda a parte descolada da unha doente ajuda, pois torna o alimento escasso. “Porém, arrancá-la totalmente, pode machucar o leito e a matriz da unha, gerando deformidades permanentes”, alerta.
 

A influência da alimentação – Alguns alimentos essenciais para unhas bonitas são os ricos em biotina, como laranja, castanhas, trigo e melão.