A importância da higienização das mãos começou com um médico obstetra em Viena, no dia 15 de maio de 1847, quando passou a exigir que as mãos fossem lavadas antes de qualquer exame das parturientes. Esse simples procedimento reduziu a morte dos bebes recém-nascidos em quase 20%. À época, essa decisão foi fruto de um interessante e persistente estudo. Nos dias de hoje, esse hábito está incorporado na maioria das pessoas, mas a investigação continua.
Idealmente, as mãos devem ser lavadas com água e sabão simples. Os dedos devem ser lavados individualmente. Para a higienização de suas pontas, junte todos os dedos e os esfregue na palma da outra mão, que deve estar em forma de conchinha. As mãos devem ser lavadas antes de qualquer refeição, após a utilização dos sanitários, espirrar ou tossir. Também as lave quando entrar em contato com alguém doente. Para secá-las, use toalha limpa, preferencialmente, de papel branco. E não se esqueça de limpar por de baixo das unhas.
Para substituir, em parte, esse procedimento, é cada vez mais comum o uso de soluções antissépticas, que são usados quando não se tem um lavatório disponível. A melhor delas é a solução de álcool, em concentrações superiores a 60% e podem ser usadas na forma de gel. Esses antissépticos não devem ser usados em mãos sujas ou engorduradas, quando é necessário água e sabão.
Desde 2010, todo estabelecimento de saúde, ou onde haja ações invasivas, é obrigado a disponibilizar um dispensador com álcool gel. Alguns municípios e estados ampliaram a obrigação para os da área de alimentação.
O uso tópico do álcool é seguro. Alguns estudos com trabalhadores da área da saúde demonstraram não haver riscos de intoxicação, mesmo quando usado várias vezes ao dia. Porém, quando ingerido, pode provocar o mesmo efeito tóxico da ingestão de bebidas alcoólicas. Não deixe acessível às crianças esse tipo de produto, pois há relatos de crianças internadas devido a ingestão do gel.
Nesses tempos de gripes e resfriados, o uso de sanitizador de mãos a base de álcool reduz, em até 50%, a possibilidade de transmissão de vírus causadores. Ainda que a higienização das mãos seja importante, não devemos ter a compulsão de lavá-las ou higienizá-las a todo momento.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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