Notícias

Psoríase

02/07/2016Da Redação
Psoríase | Jornal da Orla
A psoríase é uma das muitas doenças autoimunes. Isso significa que o organismo promove a destruição dos próprios tecidos e órgãos. É uma doença inflamatória crônica que afeta pele, unhas e, ocasionalmente, articulações. Há de se ressaltar que não é uma doença contagiosa. Mas há muito preconceito a respeito, pelo aspecto da pele, muitas vezes avermelhada e com descamação.
 
A Organização Mundial da Saúde alerta para o fato de ser, mundialmente, mal diagnosticada e tratada inadequadamente. É agravado pelo fato de poder estar associada à hipertensão, dislipidemia, diabetes mellitus e transtornos de ansiedade e depressão. Assim, é insuficiente focar a terapêutica apenas nos sintomas dermatológicos. A terapêutica conhecida é apenas para o controle dos sintomas com o uso de medicamentos tópicos e sistêmicos (orais ou injetáveis). 
 
Como medicamento tópico, os corticoides são bastante usados e eficazes. Cremes com clobetasol ou dexametasona diminuem o processo inflamatório. Idealmente, o uso deve se restringir a um tempo máximo de 60 dias, em função das reações adversas que podem causar: efeito rebote (piora ao retirar o medicamento), atrofia cutânea (pele mais fina) e a perda de sua efetividade; 
 
Outro medicamento importante é calcipotriol, que reduz a produção de escamas da pele. Devem ser aplicados duas vezes ao dia e podem ser associados a salicilatos. É um medicamento efetivo quando associados aos corticoides. Em condições de psoríase leve, é importante a associação de cremes emolientes, ou hidratantes, a base de ureia. Ressalta-se que não é uma terapia curativa.
 
Em situações de maior gravidade, o uso de outros medicamentos é necessário, mas que podem trazer mais reações adversas. Por ser uma doença crônica ainda sem perspectiva de cura, o paciente precisa aprender a conviver com a psoríase e sua terapêutica. É comum o indivíduo acometido se afastar da terapêutica, comprometendo o controle dos sintomas. 
 
O uso da fototerapia é uma terapêutica não medicamentosa interessante. A radiação UV, dentro de limites adequados, reduz o processo de descamação, favorecendo a vitalidade da pele. A exposição ao sol, de forma adequada, ou com a utilização de equipamentos próprios em esquemas pré-definidos é bastante recomendado. 
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.