Na madrugada de terça-feira (21) o empresário Luis Antônio Scussolino foi até a sede de sua empresa, em Rio Claro, interior de São Paulo, e se enforcou. Seu corpo foi achado quando o dia amanheceu. Dono de uma tradicional fábrica de estofados da cidade, Scussolino, de 66 anos, estava desesperado com a queda brutal das vendas, em razão da crise econômica. Ele havia acabado de demitir 233 funcionários. Restavam outros 870 trabalhadores que recusaram uma proposta de redução da jornada de trabalho e de 20% nos salários.
Sem ter como honrar seus compromissos financeiros, Scussolino colocou fim à própria vida. Seu corpo foi sepultado na quarta-feira (22), ao mesmo tempo em que ladrões assaltavam a casa onde ele viveu por muitos anos.
A tragédia vivida pela família Scussolino é o que mais retrata o legado de 13 anos de governos petistas, marcados pelo populismo, irresponsabilidade fiscal e roubalheira desenfreada, como se pode observar no noticiário diário em jornais, revistas, rádio e televisão. Onde dava para roubar, roubaram, sem dó nem piedade. O Partido dos Trabalhadores, por intermédio de algumas de suas lideranças (ou seriam chefes de quadrilha?), roubou até mesmo do crédito consignado, empréstimos feitos por servidores públicos que enfrentam dificuldades financeiras.
O ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já está preso por participar do esquema de assalto aos trabalhadores, mas é preciso destacar que aos poucos vão aparecendo vários esquemas de corrupção que sempre apontavam como beneficiários o PT, seus dirigentes e, em alguns casos, partidos aliados. O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, é figurinha carimbada em vários desses esquemas.
O cenário de terra arrasada mostra que não é possível esperar por salvadores da pátria. Lula e o PT eram uma esperança de honestidade e honradez na política. Mostraram que são tão sujos ou piores que a maioria dos políticos, ainda que Lula insista em se declarar “a alma mais honesta do país”.
Resta saber se a partir da Operação Lava Jato e de seus desdobramentos será possível construir um novo Brasil ou se iremos afundar de vez na lama da corrupção e da imoralidade. O tempo dirá!
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