
Uma trama bem escrita, leve e descontraída fez com que a Globo conseguisse um de seus maiores êxitos na faixa das sete da noite nos últimos anos.
Às seis, está no ar “Êta Mundo Bom”, de Walcyr Carrasco. Batendo recordes de audiência, trata-se de uma trama bem escrita, leve e descontraída. Mera coincidência? Ou seria um indicativo do tipo de folhetim que boa parte do público prefere assistir?
Autor consagrado
Enquanto “Totalmente Demais” surpreendeu, o sucesso de “Êta Mundo Bom” era previsível. Walcyr Carrasco é hoje o mais importante autor global. Além de dificilmente suas histórias irem mal no ibope, trata-se do único que passeia com desenvoltura por qualquer horário. Antes de “Êta Mundo Bom”, foi responsável pela elogiada “Verdades Secretas” – na faixa das 23 horas!
Ainda em relação ao atual sucesso das seis, vale destacar o trabalho sensacional de Marco Nanini, que ficou afastado das novelas por 16 anos.
Problemas na novela das 9
Porém, nem tudo são flores. A Globo continua penando com seu carro-chefe: a novela das nove.
Com “Velho Chico”, a voltou a apostar numa trama rural. Apesar do capricho na produção – algo comum nos trabalhos do diretor Luiz Fernando Carvalho – a história não emplacou.
Os problemas começaram no texto. Em abril, a coautora Edmara Barbosa deixou a equipe comandada por seu pai, Benedito Ruy Barbosa.
Menos política, mais romance
Insatisfeita com o andamento – e a audiência – a Globo encomendou alterações que chegaram a descaracterizar personagens. Também exigiu que o conteúdo político do texto fosse reduzido para que se investisse mais nos romances.
Não deu certo. Ainda mais que, sinceramente, o par central formado por Maria Tereza (Camila Pitanga) e Santo (Domingos Montagner) não transmite empatia alguma.
Quando esse tipo de interferência no trabalho dos autores acontece, raramente uma novela se recupera. E “Velho Chico” parece não ter salvação.
Pisada na bola
Semanas atrás comentei sobre decisões discutíveis que a direção da Band tem tomado nos últimos tempos. Parar com as transmissões do futebol a partir do próximo semestre é uma delas. Com os jogos da Eurocopa, a emissora vem alcançando com frequência o segundo lugar no ibope – algo que pouquíssimas atrações da casa conseguem (como o “MasterChef”, por exemplo).
Semanas atrás comentei sobre decisões discutíveis que a direção da Band tem tomado nos últimos tempos. Parar com as transmissões do futebol a partir do próximo semestre é uma delas. Com os jogos da Eurocopa, a emissora vem alcançando com frequência o segundo lugar no ibope – algo que pouquíssimas atrações da casa conseguem (como o “MasterChef”, por exemplo).
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