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Andropausa altera humor, disposição e memória do homem

25/08/2018

Muito se fala da menopausa, um estágio natural da vida que todas as mulheres passam a partir de certa idade, mas os homens também podem atravessar processo semelhante, denominado Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Popularmente, o problema é conhecido por ‘andropausa’ e surge, em geral, por volta dos 50 anos de idade, causado pela queda na produção de testosterona sérica, que é o hormônio masculino. 

De acordo com o urologista Marcelo Lorenzi Marques, esta queda é natural com a idade, mas em alguns casos é mais acentuada, provocando alterações repentinas de humor, cansaço, comprometimento da memória, diminuição da libido e até mesmo disfunção erétil.

“A deficiência de testosterona está relacionada com o envelhecimento masculino, mas o hormônio segue sendo produzido, ainda que em menor quantidade. A andropausa é a interrupção completa da produção de testosterona, que ocorre apenas em situações de exceção”, explica o médico, do Centro Integrado de Urologia (CIU).

 

Andropausa: processo semelhante ao feminino

Marcelo Marques comenta que o processo é semelhante ao que acontece com as mulheres. Com a queda na produção dos hormônios femininos, o estrogênio e a progesterona, as mulheres passam a sentir diversos desconfortos, como ondas de calor, insônia, redução da libido, irritabilidade, entre outros, até que param de menstruar, atingindo a menopausa.

Mas, ao contrário das mulheres, nos homens, os sintomas da andropausa são mais raros: somente cerca de um terço dos homens acima dos 60 anos sofrerão com o problema. Além disso, não há um marco visível, como a cessação da menstruação nas mulheres. Por esse motivo, mesmo aqueles que sofrem com os efeitos da DAEM, apenas uma pequena parcela acaba procurando tratamento médico.
 
 
Prevenção e tratamento
O DAEM pode ser diagnosticado de maneira simples por um médico urologista, que, ao suspeitar do problema, poderá solicitar a dosagem de testosterona, que é realizada por meio de um exame de sangue. No caso de níveis hormonais baixos e queixas de sintomas, o urologista indicará o tratamento mais adequado para cada paciente.

 

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