No verão, quando mais pessoas vão se refrescar no mar ou piscinas, aumenta em cerca de 70% o número de casos de otite externa.
Também conhecida como “ouvido de nadador”, o problema é causado por diversos tipos de germes, que provocam infecção na pele do canal auditivo.
Além do risco de contaminação da água desses locais, a permanência contínua na água não permite o acúmulo da cera natural do canal auditivo, que o reveste e protege. Em consequência disso, podem ocorrer coceiras, provocando pequenas lesões e facilitando a ação das bactérias e fungos.
Outros hábitos podem acarretar no aparecimento da infecção, como inserir objetos dentro do ouvido e limpá-lo com hastes de algodão.
Dentre os sinais estão secreção do ouvido com aparência de pus, dor de ouvido, perda auditiva, sensibilidade, coceira e, em casos mais graves, febre.
Para aliviar a dor, usa-se medicamentos de venda livre. Após isso, recomenda-se a aplicação de gotas auriculares tópicas no ouvido, necessitando permanecer com a cabeça de lado por alguns minutos. Essas alternativas não curam a doença, apenas combatem a dor local.
“Quando o tratamento não é realizado adequadamente ou o contato com a água contaminada continua, a otite pode se prolongar e se tornar crônica”, explica a otorrinolaringologista Renata Di Francesco, diretora da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).